Em 2015, foi iniciada a campanha brasileira de prevenção ao suicídio pelo Centro de Valorização da Vida – CVV; Conselho Federal de Medicina – CFM e Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP. No mês de setembro, o dia 10 é marcado pelo “Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio”.
Com isso, o mês é dedicado a ações de prevenção em todo o país, com intuito não só de prevenir, como também de reduzir os números que registram cerca de 12 mil suicídios anualmente no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Os casos mais comuns atingem principalmente os jovens que marca mais de 96%. A maioria das ocorrências é relacionada a transtornos mentais como a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias.
O que cada um de nós trabalhadores vive, pensa e elabora neste momento após quase seis meses de decretada uma pandemia pelo novo Coronavírus, é singular e único. Estamos vivendo na pele a constância da transformação e, com isso, convidados a assumir, querendo ou não, novas dinâmicas na vida pessoal, profissional, social e individual. A vida, neste momento não pode ou não consegue ser passiva e as emoções e pensamentos surgem à flor da pele.
Pensar e agir ativamente convida cada um a se deparar com sua própria vida e a forma que a conduz traz o desafio de se adaptar ao novo e, para muitos, é preciso libertar sentimentos de medo, ansiedade, angústia, impossibilidades, depressão entre outros. Trabalho, sobrevivência, demissões, Home Office, distanciamento social, isolamento familiar, necessidade de novas aprendizagens, cargas horárias sem limites precisos, são algumas das novas formas de se estar no mundo atualmente.
É preciso acreditar e ter esperança que não se está sozinho, que tem seus colegas, sua chefia, todos os envolvidos com seu trabalho, mas, acima de tudo, é preciso que se sinta amparado e orientado por aqueles que se preocupam genuinamente com sua existência, sua vida e sua saúde.
Toda pessoa desencadeia alguns fatores protetivos e alguns de risco para o suicídio. Sendo assim, na prevenção, várias medidas podem ser tomadas para aumentar os fatores de proteção e diminuir os de risco.
- Aumentar o contato com familiares e amigos;
- Reduzir ou evitar o uso de álcool e outras drogas;
- Envolvimento em atividades religiosas ou espirituais;
- Buscar e seguir tratamento adequado para doença mental;
- Iniciar atividades prazerosas ou que tenham significado para a pessoa, como trabalho voluntário e/ou hobbies.
Existem muitas doenças mentais e para cada uma existe um tratamento adequado, seja para depressão, transtorno ansioso, alimentar, dependência química, dentre outras. Contudo, é importante ressaltar que há tratamentos eficazes e, se você está incomodado (a) com seus pensamentos, sentimentos ou comportamentos, é fundamental que você procure ajuda profissional para buscar maiores informações e com o tratamento adequado, você pode melhorar muito a sua qualidade de vida, afinal, doença mental não é uma sentença.
A campanha de prevenção ao suicídio é em setembro, mas falar sobre, é de fundamental importância SEMPRE!
Lembre-se: VOCÊ É MUITO IMPORTANTE, CUIDE-SE!