Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres representam 45% da economia ativa no país, número que é conquistado com muita luta para ocupar espaço profissional nas organizações. O IBGE mostra também que as mulheres dedicam mais tempo aos estudos em comparação aos homens. Ainda assim, a remuneração média recebida pelas mulheres é inferior àquela recebida pelos homens no mercado de trabalho.
Quando pensamos em cargos e lideranças o assunto não é diferente, de acordo com o Ministério da Economia, mulheres ocupam apenas 42,4% dos cargos de gerência, 13,9% dos cargos de diretoria e 27,3% de superintendência, demonstrando que quanto mais alto forem os cargos em uma empresa, menores a chances de que eles sejam ocupados por uma mulher.
As razões para a falta de presença feminina em altas posições da hierarquia são muitas, e nenhuma delas está ligada ao mérito das mulheres. Um levantamento realizado pela Fundação Lean In(EUA) apontou que 62% dos contratados ou promovidos a gerentes são homens. Ou seja, as mulheres são barradas na ascensão profissional já nos primeiros degraus.
Quando dadas as oportunidades, as mulheres já provaram possuir competência mais que suficiente para liderar. Pesquisas apontam que mulheres se adaptam melhor às mudanças tecnológicas, a ONU também já apresentou dados estatísticos que apontam que empresas lideradas por mulheres chegam a possuir desempenho até 20% superior
A presença de mulheres em cargos de liderança é inspiradora e empoderadora. Mulheres líderes viram referência para outras mulheres, fazendo com que elas acreditem mais em si mesmas e enxerguem a possibilidade de crescer em uma organização e se tornarem líderes. Além disso, a presença feminina em igualdade pode trazer novas perspectivas sociais e contribuir para decisões mais justas.
Por isso precisamos questionar sobre a presença feminina nas organizações que fazemos parte, além disso é preciso incentivar as mulheres a almejar os cargos de liderança, e prepará-las para que estejam prontas para ocupá-los. Outros planos de ação são comitês de diversidade para que o ponto de vista das mulheres e outras minorias também possam ser ouvidos e considerados, processos seletivos mais justos e inclusivos, para que as mulheres recebam a oportunidade de ascender profissionalmente. Não basta olhar apenas para o que a mulher precisa fazer para crescer, mas também rever as estruturas e políticas das empresas para trazer mais diversidade e igualdade de gênero.