O ano de 2020 está perto de se tornar o período de maior surgimento de empreendedores da história do Brasil, impulsionados pela necessidade de se reinventar diante da pandemia da Covid-19 que assolou todos os setores do país.
A Covid-19 trouxe muitos desafios para as pequenas empresas que ainda estão se sentindo de certa forma vulneráveis, tendo em vista que o cenário ainda não demonstra perspectivas de estabilidade. Diante da realidade de uma quarentena, as vendas online tornaram-se uma necessidade, bem como os serviços de delivery. Em um contexto no qual foi vedado o contato físico, as redes sociais passaram a ser uma maneira primordial de comunicação das empresas com seus stakeholders. Se a internet já era importante para os negócios, hoje ela virou a única alternativa para muitos deles.
A pandemia alterou o cenário do mercado de trabalho e o que é possível perceber é que, muitos desses novos negócios foram abertos, considerando a necessidade de se manter atuante no mercado como também a de sobreviver em um ano drasticamente afetado economicamente.
E o que de fato é possível considerar como empreender? É mais do que simplesmente registrar uma empresa. É um conjunto de características e comportamentos que vão além do ato de abrir o negócio, e sim o respeito à pró-atividade, a busca constante pelas oportunidades, a inovação, criatividade e acima de tudo, a persistência, determinação e o foco para gerar grandes resultados.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Sebrae, existe uma estimativa que aproximadamente 25% da população brasileira estará envolvida, até o final do ano, na abertura de um novo negócio, ou seja, o empreendedor está dando uma incrível prova de resiliência e de capacidade de se readaptar e se reinventar.
É fato que toda crise representa um desafio, porém, também pode ser vista como uma oportunidade para a criação de soluções inovadoras que contribuam com o desenvolvimento e a profissionalização. É preciso enxergar as lições que a crise pode trazer através da importância do planejamento, da qualificação, da gestão e do investimento em inovação.
As crises visionam novos caminhos e propiciam novas experiências e aprendizados, tornando os empreendedores mais hábeis e fortes para terem negócios ainda mais competitivos. Seja nas relações quanto na produção ou relacionamento com os clientes, as crises criam oportunidades e o maior desafio é enxerga-las.
É difícil ter uma previsão de equilíbrio econômico enquanto se vive uma situação totalmente inesperada. Apesar de não ser possível calcular com precisão o tamanho do impacto que tudo isso causou no mercado brasileiro, é importante traçar medidas de reconstrução da economia. Em um contexto mais voltado para atividades particulares específicas de cada negócio, as transformações na rotina necessitaram de criatividade e resiliência.
A pandemia acelerou o processo de mudanças tecnológicas que até então era algo mais rotineiro e tradicional. Atividades home office, aulas online, dentre outras, fizeram com que todos entrassem num contexto de cultura digital. Sem dúvidas, este é o novo normal e seus impactos no mercado de trabalho ainda serão bem duradouros.
É tempo de se reinventar, pois o mundo não será mais o mesmo de antes e essa afirmação não precisa ser encarada como algo negativo. Temos de reconhecer a realidade atual e assim desenvolver o mindset (mentalidade) de crescimento, removendo o estável que tende a impedir e limitar as mudanças. É importante se preparar para o novo, isso, se quisermos nos destacar no cenário de empreendedorismo no Brasil e, quanto mais rápida for essa adaptação, o reconhecimento e a predisposição para a mudança, mais chances e possibilidades de êxito irão surgir.