Uma boa comunicação é essencial para o sucesso de qualquer relação profissional. É preciso que a mensagem seja passada de forma clara, objetiva e empática, evitando ruídos e problemas nas relações organizacionais. Muitos dos problemas enfrentados nas empresas são frutos de falhas na comunicação. A situação é ainda pior quando se trata do ambiente virtual, onde características importantes da comunicação como a entonação estão ausentes, podendo descontextualizar uma mensagem e causar problemas no processo. É aí que entra a comunicação não violenta.
A comunicação não violenta é uma estratégia que pode auxiliar nesses casos, principalmente na mediação de conflitos, evitando brigas, desentendimentos e promovendo um ambiente de trabalho mais amigável e respeitável.
O que é comunicação não violenta?
Comunicação não violenta (CNV) é uma abordagem criada pelo psicólogo Marshall Bertram Rosenberg, na década de 60. Ela estabelece valores para uma comunicação mais empática e saudável dentro de um ambiente, seja ele domiciliar, empresarial ou de qualquer outro tipo. Ou seja, ela busca valorizar os sentimentos e necessidades das pessoas e exercita a escuta e racionalização desses valores para ressignificar a mensagem de forma mais empática, para desta forma, encontrar soluções que sejam benéficas para ambas as partes.
Comunicação não violenta nas empresas
No ambiente empresarial o uso da comunicação não violenta é uma excelente estratégia para criar um ambiente mais saudável e fortalecer as relações profissionais, principalmente quando há tantos problemas de comunicação dentro das organizações.
Um estudo realizado pela Harvard Business Review em 2020, publicado no HR Technologist aponta que 69% dos gestores não se sentem à vontade para se comunicar com suas equipes.
Outro estudo publicado pela Everyone Social aponta que 33% dos colaboradores sentem que a falta de uma comunicação aberta e honesta afeta sua motivação. Esse mesmo estudo aponta que a produtividade tende a aumentar de 20% a 25% quando há uma conexão entre os colaboradores.
Esses e outros estudos mostram os benefícios de se possuir uma estratégia de comunicação interna de qualidade e que visem o bem estar da equipe como um todo.
Os pilares da comunicação não violenta
Segundo Rosenberg, a comunicação não violenta é fundamentada em quatro pilares, que são:
Observação
Esse é o ato de observar, sem julgamentos ou críticas, o que o outro fala ou faz. Analisando de forma imparcial com o intuito de entender e buscar melhorias para a situação.
Sentimentos
Avalie quais são os sentimentos que a fala ou atitude do outro despertam em você. Tente entender também quais são os sentimentos que as suas falas ou atitudes despertam no outro. Fale abertamente como você se sente frente a essas situações. Na comunicação não violenta tanto os seus sentimentos como os do outro são válidos e precisam ser levados em consideração, não podemos apenas levar em consideração os fatos.
Necessidades
Para que a comunicação seja efetiva, precisamos expor também nossas necessidades e ouvir também as necessidades do outro. É preciso identificar quais necessidades possuímos, se elas estão sendo atendidas e qual o objetivo da mensagem. Ao expor nossas necessidades, as chances delas serem atendidas é maior.
Pedidos
Por fim, é preciso pedir de forma não violenta. Se temos uma necessidade e precisamos da colaboração de outra pessoa, precisamos comunicá-la. Por mais simples que seja, muitos de nós temos dificuldades em fazer um pedido simples, sem parecer que seja uma imposição ou uma exigência.
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