A Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional que surge em uma rotina de trabalho desgastante, ou seja, que requer muita responsabilidade ou excesso de competitividade
Caracterizada principalmente por um estado de tensão emocional e estresse crônico devido a condições de trabalho desgastantes, tanto no aspecto físico, como emocional e psicológico. Essa síndrome afeta principalmente pessoas cujas ocupações exigem interação humana direta e intensa.
Algumas dados sobre a Síndrome de Burnout
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, problemas relacionados à saúde mental no trabalho diminuem a produtividade, resultando na perda anual de US$ 1 trilhão no mundo.
Em 2016, a Escola de Economia de Londres realizou um estudo sobre depressão no trabalho. De acordo com o levantamento, o Brasil perde cerca de US$ 63,3 bilhões por ano devido ao afastamento do trabalho por questões de estresse e depressão, ficando em segundo lugar no ranking mundial, atrás apenas dos Estados Unidos, onde o estresse no trabalho é um problema de saúde pública.
Ainda sobre o Brasil, a Associação Internacional de Gestão de Estresse estima que 32% dos profissionais do país sofram com o esgotamento no ambiente de trabalho. Esse valor é superior a 1/3 do total de trabalhadores, os quais podem estar próximos de um colapso ou uma depressão.
Sintomas da Síndrome de Burnout
Muitos são os sintomas que podem indicar a Síndrome de Burnout, nem todos se apresentam ao mesmo tempo, principalmente em estágios iniciais. Na maioria das pessoas, os sintomas iniciam de forma leve e tendem a piorar com o passar do tempo. Os portadores da Síndrome de Burnout costumam pensar que estão apenas cansados ou que se trata apenas de um mal-estar passageiro. Mas, atenção: ao sentir um ou mais sintomas listados a seguir, é importante buscar ajuda especializada. A Síndrome de Burnout evolui rapidamente para casos graves de ansiedade e depressão.
Os sintomas incluem:
- Ausências no trabalho;
- Desânimo;
- Aumento da pressão arterial;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Pensamentos negativos constantes;
- Lapsos de memória;
- Isolamento;
- Exaustão extrema, física e mental;
- Dores musculares;
- Alterações bruscas de humor;
- Sentimentos de derrota e incompetência;
- Ansiedade;
- Alteração dos batimentos cardíacos;
- Problemas no sistema gastrointestinal (estômago e intestino);
- Alterações no apetite: sentir mais ou menos fome;
- Dor de cabeça frequente;
- Agressividade;
- Dificuldades para se concentrar;
- Insônia;
Como se prevenir
A melhor forma de prevenir a Síndrome de Burnout é a definição de estratégias para diminuir o estresse e a pressão no ambiente de trabalho. Algumas dicas que podem ajudar são:
- Pelo menos 30 minutos de atividades físicas por dia. Busque a atividade que mais gosta e coloque-a em sua rotina;
- Não se automedique. Se você precisa dormir melhor ou diminuir o estresse, busque antes ajuda médica. A automedicação pode piorar o seu estado clínico;
- Defina pequenas metas para sua vida profissional e pessoal, mas não exagere nos objetivos. Assim como qualquer projeto, metas inalcançáveis causam desmotivação e autocobrança em excesso;
- Não exagere no álcool, tabaco ou outras drogas ilícitas. De início pode parecer que elas estão afastando ou diminuindo a depressão e ansiedade, mas na verdade estão apenas transformando esses problemas em uma enorme bola de neve;
- Quando estiver fora do ambiente de trabalho, busque atividades que lhe proporcionem prazer junto aos familiares e amigos. Momentos de lazer são essenciais para a redução do estresse;
- Descanse, de verdade. 8 horas de sono são necessárias para que o seu corpo e a sua mente possam se recuperar e iniciar um novo dia;
- Fuja da rotina diária cansativa e desgastante. Faça atividades diferentes: Conheça novos lugares, assista novos filmes, coma comidas diferentes, desenvolva um novo hobbie, etc. Se submeta a experimentar e vivenciar coisas novas e você verá que até mesmo as suas atividades rotineiras ganharão um novo sentido.
- Converse sobre seus sentimentos. Desabafe com um amigo próximo ou procure ajuda especializada por meio de psicólogos e terapeutas.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da síndrome de burnout é realizado de forma clínica por um profissional da área da saúde mental, psiquiatra ou psicólogo. Familiares, amigos próximos e colegas de trabalho também podem ajudar a identificar os primeiros sintomas. No Sistema Único de Saúde (SUS), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) oferece de forma gratuita o tratamento, seja medicamentoso ou por meio de consultas com psicólogos.
O tratamento para a Síndrome de Burnout deverá ser feito com acompanhamento de um psiquiatra ou psicólogo. A psicoterapia é indicada para identificar o que está motivando a síndrome e, assim, desenvolver um procedimento para tratá-la. Em casos mais graves, antidepressivos e ansiolíticos podem ser receitados para que a pessoa se sinta melhor.
Para auxiliar no tratamento, recomenda-se a prática de exercícios físicos, para aliviar o estresse e alguns outros sintomas físicos. Se possível, também se indica que o paciente tire férias do trabalho e passe mais tempo com familiares e amigos.
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